Este artigo foi escrito (em junho de 2009), segundo as normas de publicações universitárias, e, enviado pra uma revista de uma das faculdades da região; cuja revista não mais circulou e, estamos disponibilizando para leitura dos interessados no assunto – da forma como foi enviado pra revista.
IMPORTÂNCIA DA LEITURA DAS SAGRADAS ESCRITURAS NO CONTEXTO PÓS-MODERNO
Francisco das Chagas dos Santos
(52 anos, Casado, Escritor, Funcionário Público, Bacharel em Teologia, Pastor voluntário).
RESUMO
Nessa época quando igreja limita-se ao templo, vida religiosa à sua freqüência e, cada um é livre pra fazer o que quiser; parece loucura reafirmar a importância da leitura das Sagradas Escrituras no contexto pós–moderno; Contudo, queremos provocar a reflexão sobre a relevância da revelação divina, num mundo que diz crer em Deus, vivendo como se ELE fosse apenas um empregado e SUA PALAVRA apenas um enfeite identificador do cristão religioso. Os pressupostos apresentados visam em primeiro lugar, fazer una apologia à escrita e sua leitura; em segundo lugar às Sagradas Escrituras como (sendo) uma regra de fé e de prática destinada não somente aos membros de uma igreja cristã, mas, ao ser humano de modo geral.
Palavras–chave: Escrita, Leitura, Escrituras Sagradas, Pós–modernismo.
ABSTRACT
At the time when church is limited to the temple, religious life to its frequency, and each is free to do what you want; seems madness to reaffirm the importance of reading of Sacred Scripture in the context – post modern; however, we want to provoke reflection on the relevance of revelation, in a world that believe in God, living as if it were only a servant and his word only an ornament handle Christian religious. The assumptions presented aimed at first, make a plea to writing and reading; secondly the Sacred Scriptures (being) as a rule of faith and practice not only the members of a Christian Church, but human beings in General.
Key-words: writing, reading, sacred scriptures, post-modernism
1 – A leitura das Sagradas Escrituras é importante por que considera as necessidades do ser humano, sendo, ao mesmo tempo imutável em sua essência e de aplicação contextualizada.
Vivemos numa época de relativismo moral em todos os aspectos; quando a instituição igreja se limita ao templo; pratica de vida cristã se resume a religiosidade (especialmente freqüência ao templo) e, em geral, cada um deseja liberdade pra fazer o que quiser.
Por igreja queremos significar o Corpo de Cristo: Aqueles que são chamados para fora – do sistema de vida secular ou sem espiritualidade. Originalmente, a palavra igreja vem do grego ekklesia – reunião (ou assembleia) da qual só faziam parte àqueles que deixassem seus interesses particulares, deixassem suas casas, seus familiares que não quisessem (ou não pudessem) ir, deixassem seus mortos, seus enfermos, tudo que fosse seu, com o propósito de participar da reunião (LEOCÁDIO, Pág. 6). Conforme o sentido etimológico, templo é apenas o edifício publico destinado ao culto religioso; Logo o templo, enquanto construção abstrata, não pode (e nem deve) ser comparado a igreja como o Corpo de cristo – todas as pessoas que pertencem ao Senhor, que foram compradas pelo sangue de Cristo (SPROUL, 1999, pág. 7), independente de tempo e de lugar. Portanto, entre todas as instituições humanas, a igreja foi estabelecida por Deus como meio de edificação da comunidade crista (MATEUS 16:17-19; JOAO 21:15-17). Conseqüentemente, o lugar para leitura e estudo das Sagradas Escrituras – o meio para crescimento na fé cristã.
Vivemos um momento singular da odisséia humana na terra, onde o sistema sócio–econômico e cultural ultrapassou limites, quebrou tabus, e, declarou que agora estamos vivendo o pós–modernismo – onde cada um poderá construir (ou não) sua própria verdade ao invés de submeter-se aos dogmas da igreja enquanto Corpo de Cristo. As profundas mudanças, porque passa a humanidade, tem de peculiar a velocidade, a fluidez e, o grau de dominação extrema com que o ser humano é levado a aderir ansiosamente ao estilo de vida imposta por terceiros – Em ultima instancia pelo mercado. Na verdade, temos sido programados desde o âmago a desejar uma felicidade que nos arrancaria a dor e o sofrimento, a partir da modificação das condições materiais e extremas de nossa vida individual (PELIZOLLI, 2004, Pág. 83.).
No contexto pós–moderno, parece loucura reafirmar a Importância da leitura das Sagradas Escrituras; Mas, temos por objetivo provocar uma reflexão sobre a relevância da revelação divina, no mundo que diz crer em Deus, vivendo como se ELE fosse apenas um amuleto e Sua Palavra apenas um adereço identificador do cristão religioso. Entendemos que A Bíblia foi o livro para ontem. Sem duvida, será o livro para o amanhã. Mas em relação a nos, é o livro para hoje. É a Palavra de Deus para o mundo de hoje (STOTT, 1993, Pág. 9). Logo, o mundo deve ser entendido a partir da Bíblia ao invés de compreendermos a Bíblia a partir de pressupostos de seu estudo no mundo; Simplesmente porque, segundo os pressupostos da Ciência, para algo ser digno de crédito, precisa ter sua base fundamentada no que pode ser comprovado em laboratório.
Os pressupostos apresentados visam em primeiro lugar, fazer uma apologia à escrita e a leitura em si; em segundo lugar, estimular no homem atual, o costume de incluir entre seus hábitos; o costume à leitura sistemática das Sagradas Escrituras – regra de fé e de prática destinada não somente ao cristão religioso, mas, a sociedade de modo geral.
2 – A Importância da palavra escrita e sua interpretação acontece, porque através das linguagens interagimos esclarecendo ou defendendo pontos de vista, alterando–os, influenciando e sendo influenciados.
Penso que escrever é uma arte que faz parte da arte de viver (CHAGAS, 1989. Pág. 7), ao mesmo tempo em que, sua leitura se faz essencial – de nada adiantaria a palavra escrita se não houvesse quem possa ler, fazendo a interpretação correta do escrito. Por interpretação correta, queremos significar a compreensão do que lemos a luz da intenção do seu autor. Em momento algum devemos impor que o leitor se torne um especialista em exegese; muito menos que deve ferir seus princípios fundamentais, com alguma interpretação diferente da intenção do autor do texto.
Sendo a escrita a forma de representação de palavras ou idéias; É por meio das linguagens que interagimos com outras pessoas, próximas ou distantes, informando ou sendo informados, esclarecendo ou defendendo pontos de vista, alterando a opinião de nossos interlocutores ou sendo influenciados (no bom sentido) pela opinião deles (CEREJA; e MAGALHÃES, 2003 ).
Essa não é uma idéia nova porque, o registro dos atos e fatos da odisséia humana; conforme inúmeras inscrições mundo afora, nos mais diversos locais, como acontece em nosso próprio município – Serra das Letras (ALENCAR, 1989. Pág. 44); faz parte da aventura humana na terra desde os nossos ancestrais. Afinal, pela linguagem se expressa toda forma de opinião, informação e ideologia (CEREJA; e MAGALHÃES, 2003 ). Ou seja, sem a palavra escrita, seria impossível compreender a ação humana no tempo e no espaço – pelo registro escrito gerações no futuro irão compreender a historia de nosso próprio tempo.
Os registros escritos, semelhantes a uma estrada trilhada apresenta marcas da caminhada – Ao término da jornada, as marcas deixadas no percurso não mais pertencem ao seu autor: pertencerão ao domínio publico. Assim tem sido ao longo da história universal com o registro dos atos e fatos das gerações anteriores.
Ao contrário do que se pensa em nossa época, história é a ciência que estuda a vida humana através dos tempos (COTRIM, 1997. Pág. 10); e, estudar história é adquirir consciência do mundo e dos homens (COTRIM, 1997. Pág. 9). Logo, pela escrita, sua leitura e interpretação correta temos consciência do mundo onde estamos – que nos capacita a agir, reagir e interagir transformando o cenário conforme a necessidade.
Analisando a importância do que acontece no mundo em derredor, é preciso considerar que, em todas as épocas, fazer o registro de sua existência foi inerente ao ser humano; como se fosse entendida a necessidade de no futuro sua descendência ter necessidade de estudar e compreender (integralmente) o passado de seus ancestrais.
Nesse cenário, encontramos nas Sagradas Escrituras, o registro da historia do amor de DEUS pelos seres humanos – muito embora a religião seja um conjunto de dogmas: ponto fundamental e indiscutível de doutrina religiosa. Sendo um dogma (ou não), ao longo da historia as Sagradas Escrituras, foram parte integrante das comunidades cristãs – tornando-se parte integrante da historia da palavra escrita. O cristianismo é peculiarmente a religião de um livro só. Elimine a Bíblia, e você terá destruído o meio pelo qual Deus decidiu apresentar Sua revelação ao homem através de sucessivas eras (HENRICHSEN, 1994, pág. 5).
Portanto, escrever, estimula o ser humano a (também) ler e, entender o que esta lendo porque; de outra forma não seria necessário escrever. Isso implica dizer que, tanto a escrita, quanto sua leitura possibilitam a construção do saber. Sem elas, a ação humana na terra, permaneceria estagnada e, em constante latência. Isso corresponde a afirmar-se que a escrita, sua leitura e interpretação são imprescindíveis à compreensão dos atos e fatos da historia do homem.
3 – O Pós-Modernismo como sistema de organização social e a leitura das Sagradas Escrituras parecem extremos antagônicos; mas o cristão é constrangido a proclamar as Boas Novas.
O pós–modernismo e as Sagradas Escrituras parecem ser extremos antagônicos, especialmente quando se leva em consideração que os primeiros manuscritos da Bíblia datam de aproximadamente mil e quinhentos anos Antes de Cristo. Contudo, da mesma forma que Paulo falou sobre assuntos controversos aos intelectuais de sua época; As Sagradas Escrituras continuam sendo um assunto controvertido, sobre o qual o cristão sente a necessidade de falar, na sociedade pós–moderna onde está inserido.
A maioria dos teóricos contemporâneos considera o pós-modernismo uma tendência cultural caracterizada pelos resultados das mudanças econômicas, sociais e tecnológicas que o mundo vem sofrendo, para alguns, desde o fim do século XIX, e para outros, a partir da segunda metade do século XX. Para os que defendem o século passado como o início, as primeiras manifestações pós-modernas ocorreram em 1930, quando entendem ter sido o fim do modernismo. Há quem considere que seu início data dos anos 50, outros reivindicam os anos 60 e outros, ainda, os anos 70. Há também entre os estudiosos várias divergências quanto à definição do termo “pós-modernismo” e quando teria iniciado o seu uso... O embrião da modernidade caracterizou-se como uma época histórica que se opunha à visão naturalista do curso do mundo, marcada pela autonomização do pensamento, o predomínio da ciência e da técnica. Foi um projeto ambicioso e revolucionário, que pretendia transformar a sociedade pela fé na ciência a na técnica aplicada às forças de trabalho, nas relações liberais do mercado como capazes de pôr em prática um estado próspero e justo. Coincidiu com a emergência do Capitalismo como modo de produção dominante nos países da Europa. A modernidade recebeu as influências do pensamento iluminista, que juntamente com a Revolução Industrial e a Revolução Francesa se constituíram marcos históricos do século XVIII (ALVES, 2008, Introdução e Capitulo Primeiro).
Compreende–se que a sociedade pós–moderna fez opção consciente, por ser hedonista e pragmática porque considera que o prazer individual e imediato é a finalidade da vida; ao mesmo tempo em que, as idéias são instrumentos de ação que só valem se produzem efeitos práticos. Num primeiro momento isso inviabiliza a importância das Sagradas Escrituras como regra de fé e de pratica; uma vez que, a ciência proclama, que sendo, a religião, uma questão de dogmas; somente pode ser considerada se não interferir em outras áreas da existência – porque os dogmas, não podem ser comprovados em laboratório. Num segundo momento, o contexto pós–moderno abre espaço pra assuntos relacionados à vida espiritual, porque a ciência jamais teve condições de apresentar uma resposta às questões espiritual por irem de encontro ao que é apregoado, cientificamente - isso abre espaço pra quem se habilite ocupá–lo.
Há duas ou três décadas passadas, era considerada analfabeta a pessoa que não soubesse ler ou escrever. Atualmente, considera–se analfabeta a pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever, não souber o significado daquilo que leu ou escreveu; numa demonstração da importância atual da leitura e sua interpretação. Inclusive, as Sagradas Escrituras enfatizam isso, juntamente com a ênfase aos princípios éticos e morais (MATEUS 4:3–11; ATOS 17:11; 2 TIMÓTEO 2:15; APOCALÍPSE 1:3).
O pós-modernismo apresenta entre suas características principais, denominadas de pilares ou pernas, conforme o autor consultado:
Pluralização – Liberdade para concordar ou discordar. Um fenômeno tanto da realidade sensível quanto da consciência correspondente... Você pode escolher o que mais lhe agradar... Privatização – Você vive numa sociedade plural, e portanto, quanto mais moderno for, mais consciência terá de que suas escolhas são um assunto privado, de sua exclusiva responsabilidade... Secularização – Pode ser definida como o processo através do qual as idéias e as instituições religiosas estão perdendo seu significado social (AMORESE, 1993, Págs. 47, 52, 57)...
Em meio ao relativismo ético e moral em nossos dias – que caracteriza a sociedade pós–moderna, um fato pode ser comprovado: ao contrario de ser condenada ao ostracismo, as Sagradas Escrituras nunca antes estiveram em evidencia como agora; mesmo entre seus opositores que procuram motivos pra desacreditá-la junto à opinião publica – muitos leitores da Bíblia jamais pretenderam tornar-se membro de uma denominação cristã, lêem, a Bíblia porque gostam de sua leitura e exame. Para alcançar as pessoas no contexto pós–moderno, devemo–nos lançar a tarefa de decifrar as implicações do pós–modernismo para o evangelho (STANLEY, 1997, pág. 28).
Quando enfatizamos a questão da escrita, sua leitura e interpretação; Entendemos que o aspecto mais importante, numa descrição é dar uma idéia precisa do objeto retratado (COL. FIQUE POR DENTRO, LINGUA PORTUGUESA, 2001, pág. 42). Certamente, quanto enfatizamos a importância das Sagradas Escrituras no contexto pós-moderno, precisamos considerar: Por um lado, nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens (santos) falaram da parte de DEUS, movidos pelo Espírito Santo (1 PEDRO 1:21). Por outro lado, estamos alicerçados na Constituição Federal Brasileira que nos assegura, em seu artigo quinto que, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
4 – A leitura das Sagradas Escrituras no contexto virtual será relevante se decifrarmos as implicações praticas do evangelho na existência humana.
Os maiores problemas, da sociedade contemporânea, em relação à relevância na leitura que se faz das Sagradas escrituras, no contexto pós–moderno, têm a ver, em primeiro lugar, com a falta de credibilidade dos cristãos, no testemunho de vida; Sendo a bíblia a única regra de fé e de pratica do cristão, e não é nada racional, olhar o estilo de vida dos cristãos (atuais) e, ter vontade de ser mais um entre eles? Em segundo lugar, a falta de contextualização (por parte do leitor, especialmente do membro de igrejas cristãs), na aplicação de princípios bíblicos, faz com que a bíblia seja vista como símbolo de alienação social; Em terceiro lugar, a falta de objetivos da própria sociedade, em relação ao sentido da vida – muitos estão vivendo de forma desconfortável porque não sabem como viver de forma relevante.
Conforme o Breve Catecismo de Westminster, em sua primeira pergunta, afirma que o ser humano existe para glorificar seu criador e alegrar–se NELE para sempre. Ou seja: entre muitas razões pra existir, se deve considerar em primeiro lugar seu relacionamento com o criador. Para tanto, em sua segunda pergunta, afirma que Deus lhe deu uma regra para o orientar quanto à maneira de honrá–lo e de alegrar–se Nele; havendo, ainda, em sua terceira pergunta, o ensino segundo o qual, as Sagradas Escrituras, orientam sobre o que o ser humano deve crer acerca de Deus e o que Deus requer do ser humano.
Temos aprendido que as leituras que fazemos da vida são diferentes para as diversas situações existenciais em que nos encontramos (AMORESE, 1997, Pág. 17). Conforme sejamos ou estejamos, os acontecimentos terão um significado diferente. Isto não quer dizer que a realidade mude de acordo com nossa percepção, mas sim que aceita leituras diferentes (AMORESE, 1997). As Sagradas Escrituras, tendo como objetivo principal, ensinar o que o homem deve crer acerca Deus e o que Deus requer do homem, estaria afrontando os pressupostos pós–modernos os quais, estabelecem, que Deus teria criado o homem livre para decidir se submeter a Ele ou não.
É necessário considerar que a leitura do mundo, desvinculada da ação divina na criação e na manutenção do universo, inviabiliza as Sagradas Escrituras. Aprender a ler e escrever, alfabetizar–se é, antes de tudo, aprender a ler o mundo onde estamos inseridos e, compreender o seu contexto; independente de argumentos em contrario. Efetuar a leitura das Sagradas Escrituras, como simples manipulação mecânica de palavras, sem uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade (FREIRE, 1992, pág. 8); fará com que, sua essência seja anulada. Foi assim que o Mestre dos mestres ensinou, foi assim que seus seguidores passaram a viver.
A sociedade pós–moderna luta, sem êxito, pra conter a violência urbana em seus variados tipos. Contudo, nos dias seguintes à ascensão do Senhor, seus seguidores começaram a colocar em pratica a violência do amor, segundo a qual, não se deixe levar pelos impulsos instintivos. Se alguém lhe dá uma bofetada na face direita, ofereça–lhe também a outra face, e você será perfeito (DIDAQUÊ, 1989, pág. 8); Numa demonstração prática que, o ensino das Sagradas Escrituras é, integralmente, uma ponte entre a teoria e a prática de vida cristã.
É algo bastante difícil, pra não dizer impossível, gostar de ler as Sagradas Escrituras, sem que se faça parte da vida como um todo; sem que se entenda o que está sendo lido (ATOS 8:31–32). A leitura e compreensão do que se encontra revelado, mas Sagradas Escrituras é uma condição apresentada por Deus (GÊNESIS 18:16-19; 2 TIMÓTEO 2:15; ATOS 17:11); Porque a vida não se resume ao que temos diante de nós (1 CORINTIOS 15:19). Certamente, como aconteceu no passado, a sociedade pós–moderna tem errado por não conhecer as Escrituras nem o poder de DEUS (MATEUS 22:29).
Entendemos que As Sagradas Escrituras é a carta onde Deus, o Criador, registra a historia de Seu imenso amor pelos seres humanos criados a Sua imagem e semelhança (GÊNESIS 1:26-27) e, continuam com validade para cada ser humano, do Terceiro Milênio (MATEUS 24:35), e, os fatos aqui registrados confirmam (pelo menos em parte) o que a historia secular relata (1 CORINTIOS 10:1–13).
5 – Conclusões:
5.1 – A leitura das Sagradas Escrituras é importante por que considera as necessidades humanas sendo, ao mesmo tempo imutável em sua essência e de aplicação contextualizada.
Não teria sentido se revelação divina fosse maleável a cada época ou período, conforme conveniências do sistema eclesiástico humano. Um dos dilemas da sociedade contemporânea é, exatamente, a inexistência de padrões estáveis – obrigando o homem ajustar-se mediante as circunstâncias; A começar do fato do pós–modernismo representar a rejeição do projeto iluminista e das suposições básicas sobre as quais ele se ergueu, implicando pressupostos e cosmovisão frágeis, conduzindo ao rumo tênue existente (STANLEY, 1997, pág. 21)
5.2 – A Importância da palavra escrita e sua interpretação acontece, porque através das linguagens interagimos esclarecendo ou defendendo pontos de vista, alterando–os, influenciando e sendo influenciados.
O pós–modernismo e as Sagradas Escrituras parecem extremos antagônicos, quando consideramos que os primeiros manuscritos da Bíblia datam de aproximadamente mil e quinhentos anos Antes de Cristo. Mas, assim como o Apostolo Paulo falou aos intelectuais de sua época; Precisamos falar aos de nossa época dois mil anos depois de Cristo; Pelo que devemo–nos lançar a tarefa de decifrar as implicações do pós–modernismo para o evangelho (STANLEY, 1997, pág. 28) – Jamais, responsabilizando o contexto por insucessos na missão.
5.3 – O Pós-Modernismo como sistema de organização social e a leitura das Sagradas Escrituras parecem extremos antagônicos; mas o cristão é constrangido a proclamar Boas Novas..
A sociedade pós–moderna fez opção consciente, por ser hedonista e pragmática – onde o prazer individual e imediato é a finalidade da vida, ao mesmo tempo em que, as idéias são instrumentos de ação que só têm valor quando produzem efeitos práticos.
Num primeiro momento, inviabiliza a importância das Sagradas Escrituras como regra de fé e de pratica; considerando-se o fato que seus pressupostos não podem ser comprovados em laboratório. Num segundo momento, o contexto favorece a interação pra assuntos relacionados à vida espiritual, porque a ciência jamais apresenta respostas às questões espirituais.
5.4 – A leitura das Sagradas Escrituras no contexto virtual será relevante se decifrarmos as implicações praticas do evangelho à existência humana.
Conforme Santo Agostinho, o ser humano existe para glorificar o Senhor e alegrar–se Nele para sempre e, sua alma estará sem sossego até encontrar refúgio no criador. Deus contempla com a regra que o orienta quanto à maneira de honrá–lo e de alegrar–se Nele – as Sagradas Escrituras; Contendo o ensino principal a respeito do que fazer, do que se deve crer sobre Deus e o que Deus requer do ser humano.
Considerando que a realidade não muda (de acordo com nossa percepção), mas que aceita leituras diferentes. As Sagradas Escrituras, tendo como objetivo principal, ensinar o que o homem deve crer (sobre Deus) e o que Deus requer do homem; este ensino afronta os pressupostos pós–modernos, os quais estabelecem que Deus teria criado o homem livre para decidir submeter-se a Ele ou não. É necessário considerar que a leitura da Bíblia deverá anteceder a leitura que se faz do mundo onde estamos inseridos – que facilita a compreensão do contexto, sem manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.
Assim nos ensinou o Mestre dos mestres; assim fizeram seus seguidores desde então. Será difícil, pra não dizer impossível, gostar de ler as Sagradas Escrituras, sem aplicação contextualizada. A leitura e compreensão do que se encontra revelado, mas Sagradas Escrituras é uma condição apresentada por Deus (Gênesis 18:16–19; 2 TIMÓTEO 2:15; ATOS 17:11), porque a vida não se resume ao que temos diante de nós (1 CORINTIOS 15:19). Certamente, como aconteceu no passado, a sociedade pós–moderna tem errado por não conhecer as Escrituras nem o poder de DEUS.
A Bíblia Sagrada é uma carta onde Deus, o Criador, registra a historia de Seu imenso amor pelos seres humanos criados a Sua imagem e semelhança, valendo para cada ser humano (MATEUS 24:35) e, os fatos aqui registrados confirmam (pelo menos em parte) o que a historia secular relata (1 CORINTIOS 10:1–13).
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OBSERVAÇÃO: Postado (em 08/06/2010) no www.recantodasletras.com.br (autor: fchagass) gênero literário do recanto: Artigos>Sociedade; Tendo recebido até o momento: 652 visitas.
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