terça-feira, 8 de novembro de 2011

COMO SER PASTOR SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS ...

Ontem, considerando um artigo sobre o salário (em dólar) de pastores americanos, que corresponde a R$ 256.000,00 (por ano), escrevemos e postamos o texto: SALÁRIO DE PASTOR – Polêmica até dizer basta...

Considerando–se que, o assunto é bastante questionado, queremos falar um pouco mais sobre essa polêmica...

Inicialmente, podemos dizer que a BÍBLIA (que tem autoridade pra falar no assunto), tem inúmeros textos sobre o assunto:

Está escrito:

Dar–vos–ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência (Jeremias 3:15).

No texto que escrevi, concluo dizendo que: o problema não seria por causa de salários altos (se bem que seja questionável), mas que em lugar algum (salvo no Congresso Nacional) se ganha muito pra legislar em causa própria e, o atual momento em nosso país, demonstra que o ser humano que se diz cristão aprendeu também a distorcer a vontade de DEUS por seus próprios interesses...

Não sei o que você acha dessa questão, mas, não se deve ser pastor por conveniência; AFINAL, se a função tem por objetivo ensinar e aplicar a vontade de DEUS onde quer que se esteja, independente de cultura; SER PASTOR implica não depender de coisas como comida, bebida, o que vestir, salário, etc...

ASSIM, pensando sobre a questão dos mega–salários de pastores, queremos lembrar que se existe também pastores (missionários e obreiros) com micro salários, ficará impossível fazer de conta que não está havendo exclusão social na Igreja de nossos dias... Por isso, vamos repetir o que foi dito na Igreja, inúmeras vezes:

Está escrito:

Dar–vos–ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência (Jeremias 3:15).

Para ser Pastor segundo a Vontade Divina (de acordo com a pesquisa que fizemos), é preciso:

  1. RECEBER A DESIGNAÇÃO DO ALTO:

“Por designação quero significar o caráter transcendente da vocação que leva ao exercício do ofício pastoral”:

a) POR DEUS OFERTADA

– “Dar-vos-ei

· Esse verbo “dar”, No original, é usado (ao longo do Antigo Testamento) aproximadamente duas mil vezes significando “dar, por ou colocar” e “constituir”, com uma grande variedade de sentidos; cada um podendo ser entendido como uma ação literal ou figurada da mão – desde entregar fisicamente um presente, uma recompensa, uma pessoa ou um documento; até as idéias mais ou menos tangíveis de conceder ou outorgar bênção, compaixão, permissão e coisas semelhantes.

Alguns exemplos:

. Gênesis 4:1-2 “Esta concebeu e ‘deu’ à luz a caim; depois, ‘deu’ à luz a Abel”.

. Gênesis 2:8 “E plantou um jardim e ‘pôs’ nele o homem...”

. 1 Samuel 8:5 “constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós”.

- “Pastores

· No Oriente antigo, já em data recuada, a palavra “Pastor” era um título de honra aplicado a soberanos e divindades de igual modo; costume seguido no decurso de toda a antigüidade. A terminologia “pastoral” estava muito em voga em todas as partes do mundo helenístico.

· Antes de Israel povoar Canaã, as tribos individuais dependiam da constante vida nômade com suas manadas e rebanhos. Esperava-se da parte dos pastores bem como dos serventes que com eles trabalhavam, que demonstrassem cautela, paciência e honestidade. No verão seco, em uma terra fraca não era fácil achar novas pastagens na época certa, enquanto os rebanhos passavam por regiões desabitadas, nem atingir o equilíbrio correto entre o pastoreio, o abastecimento de água, o descanso e a viagem.

A devoção ao dever era posta à prova ao manter-se guarda sobre o rebanho, noite, após noite, contra as feras e os salteadores. Neste aspecto, os pastores mercenários freqüentemente decepcionavam os seus empregadores.

Mesmo depois da ocupação de Canaã, a criação de gado desempenhava um papel de importância, juntamente com o cultivo dos campos, como meio de subsistência. Por certo, a lembrança dos dias nomádicos... Ficou constantemente viva, porque as atividades salvíficas de DEUS, através da história, tinham estreitas ligações com aqueles tempos. Por esta razão, os levitas não receberam qualquer porção de terreno arável na ocasião da ocupação, e continuaram com os rebanhos (João 20). Até mesmo o Novo Testamento contém ecos da memória do período pastoril de Israel (Hebreus 11:9,13).

O reconhecimento de que (DEUS) Javé era o Pastor de Israel desenvolveu-se a partir da viva experiência religiosa do povo e deve distinguir–se do estilo antigo formal do oriente antigo. Na invocação, no louvor, na oração por perdão, bem como na tentação e no desespero (Salmo 73), os adoradores sabem que ainda estão seguros sob os cuidados de Deus, o fiel Pastor – a mais bela expressão desse conceito se acha no Salmo 23. Ao mesmo tempo não está ausente a idéia da ilimitada soberania de Deus sobre o seu rebanho.

Tornou-se impossível aplicar o título oficial de “pastor” aos monarcas reinantes de Israel, como expressão de honra, embora exercessem as funções de pastor. À luz da fidelidade de DEUS, sentia-se que era fundamental o fracasso deles como pastores.

Os profetas falavam em termos negativos acerca dos pastores políticos e militares; todos estes fracassaram por causa da sua arrogância e incredulidade diante de DEUS (Jeremias 2:8; 3:15; 10:21; Ezequiel 34:2-10; Zacarias 10:3). Em Isaías 44:28, DEUS chamou Ciro, rei da Pérsia, “meu pastor”. Como um bom pastor, em conformidade com a vontade de DEUS, cuidou do bem-estar dos exilados que voltavam, e da edificação do Templo.

· O MESSIAS também era referido como sendo pastor enviado da parte de DEUS. Num período em que a desgraça estava sendo desencadeada, o título de “pastor” apareceu repentinamente como designação do futuro MESSIAS davídico.

· O judaísmo posterior fazia distinções entre pastores. Depois do exílio, os rabinos farisaicos levaram a efeito uma notável desvalorização da ocupação de pastor. Num período de salários baixos, os pastores eram suspeitos de desonestidade. Os piedosos eram proibidos de comprar lã, leite ou carne dos pastores como também dos publicanos. No judaísmo legalístico, Moisés e Daví eram louvados como sendo pastores verdadeiros (líderes e ensinadores da Lei). Na seita de Cunrã, exigia-se da parte do “Guardião do Arraial”, que recebesse os membros da comunidade assim como um pastor recebe as suas ovelhas.

· No Novo Testamento, o termo original, correspondente ocorre nove vezes nos Evangelhos Sinóticos, seis em João e três nas Epístolas. Termos derivados ocorrem trinta vezes ao longo do Novo Testamento.

· É impressionante que o conceito contemporâneo negativo dos pastores não foi adotado no Novo Testamento. Pelo contrário, a devoção do pastor ao seu dever é pintada em cores brilhantes (João 10:3-4; Lucas 15:4-5; Mateus 18:12). Os contemporâneos de JESUS desprezavam o pastor, mas foi esta a metáfora que ELE empregou para glorificar o amor de DEUS para com os pecadores, e para revelar a sua posição à condenação destes por parte dos fariseus (Lucas 15:4-6).

· Segundo o testemunho dos sinóticos em especial, JESUS é o pastor messianico prometido no Antigo Testamento, de três maneiras:

a) começa a cumprir a função do pastor messianico ao reunir as “ovelhas perdidas” da Casa de Israel (Mateus 9:36; 10:6; 15:24; conforme Lucas 19:10 com Ezequiel 34:15);

b) deve primeiro morrer em prol do Seu rebanho, e ressuscitar (conforme Mateus 26:31-32; Marcos 14:27-28). Aqui, ele retoma as palavras de Zacarias 13:7;

c) A era da salvação, no decurso da qual o rebanho, o povo de DEUS, se reúne sob o Bom Pastor, chega ao seu clímax no dia do julgamento (Mateus 25:32).

· O Bom Pastor de João 10:1–30 é contrastado, de um lado, com o ladrão e, de outro lado, com o estranho; assim como o pastor simboliza o Senhor, assim também o rebanho, a soma total das suas ovelhas, representa o Seu povo. Essa figura substitui aquela da “igreja”, que está ausente de João.

· Na lista de cargos em Efésios 4:11 achamos “pastores e mestres”. “Pastor”, no entanto, ainda está longe de ser um título oficial, porque em 1 Pedro 5:1 e Atos 20:17, os líderes das comunidades cristãs locais são chamados presbíteros e, em Atos 20:28, bispos. A função deles pode ser deduzida a partir de 1 Pedro 5:2–4; Atos 20:28; João 21:15-17 (o cuidado do bem-estar espiritual do rebanho). Mateus 18:12–14 e 12:30 para Lucas 11:23 (buscar os perdidos) também têm relevância. Nestes casos, os líderes precisam comprovar serem exemplos dignos para o rebanho.

· A proclamação de CRISTO como o Bom Pastor, que deu SUA vida pelo rebanho, e ressuscitou para pastorear este rebanho que é o novo povo de DEUS, ficou sendo uma experiência viva para a igreja neotestamentária, e era aplicada na obra pastoral.

Assim como na pregação missionária fora da Palestina o quadro do pastor recuou para o segundo plano, assim também aconteceu com o quadro do rebanho. O SENHOR e a SUA comunidade (SUA Igreja) ficaram sendo os conceitos sempre mais destacados para a expressão destas idéias.

b) PELO CRIADOR MODELADA – “segundo o meu coração”

O termo coração, no original é usado no sentido de “coração”, “entendimento” e “mente” e, também, empregado em expressões idiomáticas, como “dispor o coração a”, como o sentido de “refletir sobre” ou “desejar”.

Os usos concretos da palavra, no original, referem-se ao órgão interno e à correspondente região do corpo. No entanto, em seus sentidos abstratos, “coração” tornou-se o mais significativo termo bíblico para designar a totalidade da natureza interior ou imaterial do homem.

Sabedoria e entendimento tem origem no coração – que age com percepção e discernimento da situação como quando o coração de Elizeu acompanhou Geazi (2 Reis 5:26). Na condição de centro do pensamento e do intelecto, o coração pode ser iludido (Isaías 44:20).

O coração é o centro da vontade – “não do meu coração” (literalmente) quer dizer “não da minha vontade” (Números 16:28). Perder a capacidade de tomar decisões é descrito como endurecimento do coração (Êxodo 10:1; Juíses 11:20). Intimamente ligada a isso está o coração como o centro da responsabilidade – retidão é “integridade de coração” (Gênesis 20:5) “sinceridade de coração”.

Reforma moral é “preparar o coração”(João 11:13), “dispor o próprio coração”. O coração é descrito como o centro do mal moral (Jr 17:9).

Para ser Pastor segundo a Vontade Divina (de acordo com a pesquisa que fizemos), é preciso:

  1. DESENVOLVER A VOCAÇÃO RECEBIDA DO ALTO:

Apascentar provém de uma palavra acadiana muito antiga, empregada a partir da época de Sargão (2.300 antes de CRISTO) como título honorífico e nomes e inscrições reais.

Ocorre, aproximadamente cento e sessenta vezes no Antigo Testamento, sendo que a forma principal, “pastor”, é a principal raiz que designa a ação de “alimentar” animais domésticos.

Se desde tempos remotos, a ocupação mais comum na Palestina era o “pastoreio”, o termo é fundamental para a descrição das pessoas do campo em todos os períodos da história. A primeira vez, que aparece a palavra (no Antigo Testamento) é naquela ocasião em que Jacó, “fugindo” do irmão, vai à casa dos parentes da mãe e conhece Raquel (Gênesis 29:7).

a) ALICERÇADA NO CONHECIMENTO – “que vos apascentem com conhecimento”:

A raiz do vocábulo “conhecimento” ocorre 994 vezes no Antigo Testamento expressando uma variedade de aspectos do “conhecimento” adquirido pelos sentidos. Seus sinônimos mais próximos são “discernir” e “reconhecer”.

Utilizado para: designar o conhecimento que DEUS tem do homem (Gênesis 18:19; Deuteronômio 34:10) e de seus caminhos (Isaías 48:8; Salmos 1:6; 37:18). Conhecimento este que principia antes mesmo do nascimento (Jeremias 1:5). Utilizando-se também para designar o conhecimento que os homens e igualmente os animais possuem (Isaías 1:3).

Em certos contextos significa “distinguir”; “conhecer o bem e o mal” (Gênesis 3:5, 22) é o resultado de desobedecer a DEUS. Fazer distinção entre um e outro é algo necessário para o rei (2 Samuel 19:36). As crianças são incapazes de distinguir entre a mão esquerda e a direita (Jonas 4:11) e entre o bem e o mal (Deuteronômio 1:39; Isaías 7:15).

Embora costumeiramente adquirido pela experiência, o conhecimento também é a percepção contemplativa que os sábios possuem (Provérbios 1:4; 2:6; 5:2; Eclesiastes 1:8).

Como substantivo feminino é traduzido por gnósis na LXX (septuaginta ou versão dos setenta) e ciência na Vulgata. O SENHOR é um DEUS de todo conhecimento (Jó 36:4; 1 Samuel 2:3). Os ímpios questionam o conhecimento que DEUS tem (Salmos 73:11). DEUS é o objeto do conhecimento humano, e Isaías antevê uma terra repleta do conhecimento do SENHOR (11:9). O profeta prega o conhecimento (28:9), e o governante ideal governa com tal conhecimento (Jeremias.3:15). Astúcia deriva da raiz “conhecer” – o conhecimento adquirido de diversas maneiras pelos sentidos.

O conhecimento com o sentido de “ciência” é algo que DEUS possui (Jó 10:7; Salmos 139:6; Provérbios 2:6), de quem ninguém pode se esconder (Salmos 139:1-18). E é o oposto de “estultícia”. Também é empregado para indicar a cognição moral – a árvore no jardim do Éden era uma árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:9,17). Ao comer do seu fruto, o homem veio a conhecer de uma forma comparável ao conhecimento que DEUS tem – a consciência objetiva de todas as coisas, tanto boas quanto más. Nesse sentido, a dor do pecado assumiu de fato dimensões divinas (Gênesis 3:22).

O conhecimento de DEUS deriva daqueles destacados acontecimentos históricos em que DEUS deu provas de si mesmo e revelou-se a indivíduos escolhidos, tais como Abraão e Moisés. Essas revelações devem ser ensinadas a outros. “Conhecimento de DEUS” aparece em paralelo com “temor do SENHOR como descrição da religião verdadeira. Aquele que tem uma relação correta com DEUS confessa-o e obedece-lhe. Exercitar o juízo e a justiça e julgar a causa do pobre e do necessitado é conhecer a DEUS (Jeremias 22:15-16). Por outro lado, onde não há nenhum conhecimento de DEUS, existe o perjúrio, a mentira, o homicídio, o roubo, o adultério e a quebra de todos os limites (Oséias 4:1-2). Isso trará destruição sobre o povo. O conhecimento de DEUS lhe é mais agradável do que sacrifícios (Oséias 6:6). A idéia que os profetas tinham da era messiânica era de um tempo em que o conhecimento de DEUS cobriria a terra assim como a água cobre o mar (Habacuque 2:14; conforme. Isaías 11:9).

b) REFORÇADA PELA INTELIGÊNCIA – “Que vos apascentem com inteligência”:

Em muitos casos, a palavra no original, é sinônimo de “entender”, mas há uma distinção sutil. Enquanto tem o sentido de “distinguir entre”, “entendimento se refere à ação de, com a inteligência, tomar conhecimento das causas – que resulta numa abordagem sábia e bastante prática do bom senso. Outra conseqüência é a ênfase no ser bem sucedido.

Entendimento também envolve aquilo que a pessoa considera ou em que ela presta atenção. DEUS cuida dos aflitos e necessitados para que reflitam sobre seu benfeitor (Isaías 41:20).

A forma utilizada, no original, é um substantivo que significa “intuição (inteligência)”, o que é visto como um presente que DEUS deu a Israel por intermédio por intermédio de seus governantes e mestres (Jeremias 3:15).

Esse vocábulo também ocorre em Provérbios 1:3, em que se afirma que o livro foi escrito para dar ao jovem “conhecimento intuitivo” acerca do comportamento sábio (bom proceder) – conformar a própria vida ao caráter de DEUS.

Há também o sentido de “agir cautelosa” ou “proceder prudentemente”. Em tempos maus, o prudente sabe manter silêncio (Amós 5:13). DEUS tem a sua maneira de determinar se uma população está, no geral, agindo sabiamente de modo a buscá-lo (Salmos 14:2). A esposa que age com prudência é descrita como alguém que vem da parte do SENHOR (Provérbios 19:14). De forma semelhante, o servo sofredor agiu prudentemente ao contemplar o trabalho que lhe foi designado (Isaías 52:13). Também pode significar “prosperar” ou “Ter sucesso”.

O substantivo também possui o sentido de conhecimento intuitivo ou de entendimento. Davi orou para que o SENHOR desse sabedoria (ou discernimento) a Salomão no que dizia respeito aos assuntos de Israel (l Crônicas 22:12; ARA), “prudência”. A prudência de alguém faz com que tal pessoa seja lenta em irar-se (Provérbios 19:11); a pessoa ganha elogios de acordo com a própria sabedoria (ou conhecimento intuitivo, Provérbios 12:8). O contexto também pode indicar a idéia de falta de juízo ou astúcia (Daniel 8:25).

CONCLUSÃO:

Naquele episódio do reencontro com seu irmão Esaú, encontramos um Jacó com a maturidade de quem passou longos e penosos anos trabalhando arduamente com os rebanhos do sogro; o qual ante a necessidade de reconciliação e medo da reação do irmão, pronunciou a frase seguinte em resposta ao convite do irmão para que seguissem juntos:

“Meu senhor sabe que estes meninos são tenros, e tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se forçadas a caminhar demais um só dia, morrerão todos os rebanhos. Passe meu senhor adiante de seu servo; eu seguirei guiando-as pouco a pouco, no passo do gado que me vai à frente e no passo dos meninos, até chegar a meu senhor, em Seir”.

APLICAÇÃO:

O ideal do retorno e da reunificação estava profundamente arraigado no subconsciente de Israel. O remanescente teria seus líderes apropriados, que atuariam como verdadeiros pastores – esses seriam líderes obedientes a DEUS e cheios de recursos, realmente capazes de ensinar. Dirigentes civis provavelmente estavam incluídos nesse ideal. Governantes como Zorobabel e Neemias naturalmente participavam. Profeticamente o messias também não pode ser deixado de fora, porquanto ELE será o Pastor da Restauração Geral da era do Reino de DEUS.

O Reino de DEUS aqui na terra é construído, através dos tempos, com a igreja visível – pastores e rebanho! Uma das primeiras afirmações sobre o chamado e preparação dos pastores, tão logo iniciei a jornada como cristão, após a con-versão, foi aí por volta do primeiro semestre de 1992, assistindo uma das fitas do curso Vinde/SAT – “Seguir JESUS – o mais fascinante projeto de vida”, em que o Caio Fábio ilustrava a uma das “escolhas” possíveis, da seguinte forma: “a criatura, após algumas tentativas, não conseguira passar no vestibular; então era colocada nos seminários para tornar-se um pastor. A isso e outros exemplos parecidos podemos chamar de “designação de baixo”, da carne, do homem...

A Igreja deve “investir” tempo na questão da vocação de seus membros (vocação pastoral ou não). Qual seria em nosso meio o percentual de “crentes” conscientes da importância desse assunto? Nossa Confissão de Fé de Westminster, em seu capítulo X afirma que o Filho de DEUS é vocacionado (por DEUS) para a salvação em CRISTO JESUS. Assim, antes de mais nada, precisamos compreender que não se é “crente” por conveniência do momento, por convencimento humano, mas porque (na eternidade) DEUS já determinara isso, já vocacionada a pessoa para a vida cristã – uma vez vocacionados por DEUS para a vida Cristã, DEUS concede o(s) dom(ns) “visando a um fim proveitoso” (1 Coríntios 12:7). Efésios 4:11-16 fala sobre os vocacionados para “pastores e mestres”. Portanto, também para a ação da vida cristã é porque DEUS vocaciona; jamais, por conveniências do momento.

Em seu livro “O Pastor do século 21” David Fisher nos conta que, em meio à dúvida sobre sua vocação pastoral, sentiu como se DEUS lhe disesse: “Se o Evangelho é a verdade, então ele é a resposta para tudo na vida e na morte. Alguém deve contar ao mundo. E é você!”. Portanto, sentia-se compelido ao ministério cristão por duas questões sobrepostas e profundas: estava convencido de que o Evangelho era o poder de DEUS , e, sentia uma profunda preocupação pelas pessoas, para que conhecessem essa verdade transformadora. Isso é perscrutar as “profundezas de DEUS” para saber o que é essencial, o que vem em primeiro lugar em Sem coração.

Embora uma vaga vocação para o ministério cristão possa levar o “crente” ao pastorado, não sustentará o pastor através das ásperas realidades da vida na igreja. Para tanto, o “nosso chamado interior, o controle divino dentro de nossas almas, deve ser confirmado por uma vocação exterior”: a confirmação da(s) igreja(s) ou congregação(ões) , que reagirá ao trabalho pastoral que corresponda ao(s) Dom(ns) de DEUS para que se possa desenvolver um pastorado eficiente e eficaz. Nem mesmo à mudança de uma igreja para outra fará “desvanecer” aquela vocação pastoral que “vier do alto”; porque independente das circunstâncias tem convicção que não procura servir segundo interesses de homens, mas, segundo o coração de DEUS.

Como, saber se a vocação pastoral, na prática é segundo o coração de DEUS ou não? Se analisarmos o que significa de fato pastorear o rebanho conforme o sentido em que o termo está empregado nas Escrituras, chegaremos à conclusão de que, a vida cristão, a ação pastoral é uma vida contínua de “ação”: vidas transformadas, casamentos restaurados, pessoas curadas, comunidades com a fé edificada... Assim, não será difícil imaginar-se frente às situações do cotidiano e saber se as prováveis reações seriam de “fardo” ou de motivação sabendo que é exatamente aquilo que entende DEUS preparou para você – e, conseqüentemente trará auto-realização.

Como ser auto-realizado, ou como sentir-se auto-realizado numa missão em que a tônica será doar-se ao outro, ao semelhante? Porque uma coisa é ser designado pelo “Alto”; outra completamente diferente será ser “influenciado” por coisas de momento. Se a designação vem do alto, DEUS dará a capacitação necessária.

Certa vez, tive contato com alguns irmãos de diferentes denominações. Um jovem, estava com problemas no lar – a irmã resolveu morar fora de casa, o pastor da sua denominação a acolhera, os pais pressionaram e a jovem fez uma denúncia policial contra os próprios pais que foram intimados à comparecer perante o delegado. O pastor de uma terceira denominação, com quem o jovem trocava idéias, afirmou que “tocou” na integridade dos pais a coisa é diferente – terá o “troco”. A única certeza que tive foi a de que nenhum dos pastores estavam tendo “inteligência” para resolver uma questão tão simples – as Escrituras são claras com relação a questão da submissão aos pais.

Assim é a forma de atuação que DEUS deseja dos seus “escolhidos” para representá-lo aqui.

Certamente, a sociedade, em especial o rebanho, deseja uma resposta prática, com relação aos problemas da vida, especialmente, problemas que podem tirar a vida de pessoas que outra coisa não querem senão servir ao próximo???

É nesse ponto, que a questão da “conscientização sobre ser verdadeiramente designado pelo alto fará toda a diferença... se há convicção, haverá tranqüilidade para buscar, dia após dia, uma saída para os inúmeros problemas em que estamos envolvidos, independente de valor mensal ou anual que se venha a receber...

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