quinta-feira, 1 de março de 2012

LEMBRANDO QUE ...

Estava pensando, e, quando começo a pensar, fico também lembrando coisas e, isso termina gerando algum dilema...

Ontem falei sobre um dilema E, sabe o que gera outro dilema???

Lembro que quando criança (e isso faz muito tempo)... MAS, quando criança lá no Sertão Central, a pessoa chegava e cumprimentava outra pessoa com a pergunta: Qual é o pó??? Cibalena ou Cibazol??? (comprimidos da época)... Hoje se perguntar qual é o pó, vão pensar que a gente está querendo vendar drogas...

Cá entre nós, não é que nestes últimos dias estou meio saudoso dos tempos antigos, acho que tem a ver com a data natalícia que há cada nano me deixa mais velho... São muitas águas debaixo da ponte da vida, muitas curvas na estrada... E, a gente termina vendo muitas coisas de fazer arrepiar defuntos...

ASSIM, posso dizer que sou do tempo que, valor declarado era dinheiro colocado num envelope e enviado pelo correio... Alguém enviava certa quantia, por exemplo: Cem Reais do Sul pra o Norte (do país)... Ia a alguma agência do Correio, colocava o dinheiro no envelope (com uma janela transparente) e, após alguns dias, o mesmo dinheiro chegava ao destinatário...

Nesse tempo, era possível, colecionar figurinhas (esperando completar a página do álbum pra ganhar prêmios), passar um mês ou dois (em longínquas cidades do interior) esperando o caminhão vender guloseimas na bodega da esquina, pra poder comprar alguns bombons ou chocolates, etc... Alguns anos mais tarde, já adulto, recebi um treinamento pra aprender a usar telex...

Engraçado que, na escola, havia o garoto mais forte que batia nos mais frascos e, não havia vinganças por isso... Hoje, não se sabe o motivo das chacinas e, em alguns casos, na escola se aprende a fazer coisas erradas...

Lembro que, nas cidades do interior, no começo dos anos setenta, era canal único de tevê; contávamos nos dedos as casas onde havia um aparelho (sinal de riqueza) e, a noite, uma grande plateia se fazia presente na sala... E, quando passava alguma partida de futebol, só se via a bola, quando o lance era apresentado de perto... Nos seriados e filmes, bom mesmo era assistir ao Zorro, que conhecíamos pela máscara; e o Sargento Garcia pela pança... Lembro o nome de uma novela: Ídolo de Pano...

Certa vez, jogava dominó, numa roda de amigos, quando surgiu uma vizinha gritando que Diná morreu... Paramos o jogo pra lamentar e, ela avisou que havia sido na novela...

Não sei se aqueles eram maus tempos... O que sei é que ainda havia ética e bons costumes... Quando criança, fui pegar o leite no curral (quando morava no sítio) e, ouvi um rapaz dizer pro outro, baixando o tom da voz: Depois conto o resto da história, porque vem chegando um menino...




Observação: Postado, inicialmente como prosa poética, no www.recantodasletras.com.br (autor: fchagass).

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